Na noite desta quarta-feira (20) aconteceu a tão esperada reunião para discutir os problemas e apontar soluções para o Brusque Futebol Clube disputar a segunda divisão do Campeonato Catarinense. Ex-diretores, presidente, prefeito e superintendente da Fundação Municipal de Esportes estiveram no encontro, que reuniu pouco mais de 50 pessoas interessadas.

Durante as discussões surgiu a ideia de um mutirão entre os que gostam do clube para que, ao menos, cada pessoa que esteve na reunião busque duas empresas para colaborar com um salário mínimo por mês, ganhando em troca cinco lugares personalizados durante os jogos da equipe na temporada.

Também presente na reunião, a vereadora Marli Leandro sugeriu uma parceria com os sindicatos da cidade, que poderiam trabalhar como facilitadores desse processo. Na visão da vereadora, a intenção de arrecadar ao menos mil sócios para o clube é modesta. Segundo Marli, o grupo deveria pensar em um número maior.

O tema eleição também foi debatido. O presidente Mauricy Pereira de Souza demonstrou a intenção de convocar nova votação. Porém, de acordo com o atual estatuto do clube, enquanto ele não deixar o cargo, somente os lugares vazios na diretoria legalmente constituída poderão ser votados. 

Para uma nova diretoria, em sua totalidade, seria necessária a saída de Mauricy da presidência, ou uma conduta negativa, onde o conselho atuaria, além da possibilidade da ação dos sócios que estão com a mensalidade em dia, convocando uma assembleia geral.

Uma nova reunião será marcada para, no máximo, 15 de abril, quando serão apresentados os resultados da busca por empresas parceiras. De acordo com o ex-presidente Danilo Rezini, autorizado por Mauricy Pereira de Souza a falar em nome do Brusque, entre seis e oito empresas já foram procuradas, além de um grande empresário da cidade que o chamou para uma conversa sobre um possível auxílio.

O tema que ficou de lado na reunião foi a proposta de um novo estatuto, que seria apresentada por Mauricy. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo, Célio Francisco de Camargo, o documento só deve ser mudado se não serve mais para o clube, e não quando é do interesse de alguma pessoa envolvida com o clube.

Entre os envolvidos ficou o compromisso, seja da forma que fôr possível a cada um, auxiliar na busca por empresas interessadas em ajudar, com um salário mínimo ou mais, para possibilitar a disputa da segunda divisão. A semente foi lançada na Arena Brusque em uma noite chuvosa, porém, muito trabalho será necessário para render frutos que mantenham o futebol profissional vivo em Brusque. Existem pessoas dispostas a isso.